"Amei as palavras e as odiei. Espero ter usado-as direito." - Liesel Meminger
" A saudade não mata porque tem o poder de torturar!"

quinta-feira, 24 de junho de 2010


é o colo mais confortável de todos, é o abraço mais tímido e caloroso. é o sorriso que ilumina qualquer manhã sombria e nublada. é a voz que acompanha a minha em várias canções, no mesmo tom, aquela com a qual eu passei a dividir a minha vida, os meus sonhos mais impossíveis, os meus desejos mais secretos, minhas ideias mais idiotas... aquela que apesar de recente, já é essencial
Dedicado a : Laís Flores Giacomelli

domingo, 20 de junho de 2010

O que me pertence !

Aqueles braços não são meus,
mas a saudade do abraço é.
Aquele rosto não é meu,
mas a saudade do toque é.
Aquela boca não é minha,
mas a adrenalina é.
Não importa por quanto tempo, o que importa é o que desperta mim que é meu... somente meu!

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Dom de hipnotizar

Eu não conhecia o meu apego aos sentidos, e só me fizeram perceber depois de alguns fatos contínuos que me deixaram interessada. É incrível a quantidade de sensações que ocorrem no meu eu lírico quando entro em contato com fragrâncias.. Um simples contato e um fechar de olhos já me fazem viajar a lugares distantes, relembrando momentos, fatos, e principalmente pessoas. Preciso senti-los suavemente, para que qualquer mísero detalhe possa invadir a minha mente. Sou tão obcecada e doida que posso sentir o cheiro hipnotizante no ar, sem qualquer tipo de contato físico direto. Ouso até a mencionar que muitas vezes me apaixono pelos sentidos do que pelas pessoas propriamente dito. Sentidos são mais poéticos, mais excitante, são mais intensos e inexplicavelmente mais viciantes e hipnóticos. Ao menos para mim, uma idealizadora nata!

quarta-feira, 9 de junho de 2010

O homem ideal

Ele me faz rir, mas nunca usa o riso contra mim. Compreende a diferença de estar presente e fazer companhia. Não é prolixo e nem tenta impressionar. Não precisa entender de vinho, charuto e golfe; precisa ser autêntico e admitir que não entende de vinho, charuto e golfe (e eventualmente confessar que gosta é de cerveja e futebol). Ele não exige a todo instante o meu lado risonho por que sabe, como tantas outras coisas não ditas em discursos, que os dias negros fazem parte de mim. Ele me faz cócegas até eu implorar e mesmo assim não para. Nota as sutis alterações de humor pelo tom da minha voz, e antes de prejulgar as razões, se predispõe a fazer cafuné. E não exige explicações porque possui uma sabedoria que me impele em sua direção: dividir angústias e anseios com ele é tão tranquilo como deitar na grama no outono. O homem ideal  me beija na testa, na mão, simplesmente me beija. Ele também canta. Não precisa ser afinado, mas sussurra canções que num dia qualquer eu mencionei gostar. Sabe dançar. E também bebe, meio pinguço. É daqueles que ficam charmosos com um copo de wísky na mão. É deliciosamente safado, três doses acima do normal. Me pega de jeito, sem tempo para que eu responda a pergunta nem se quer formulada. Diverte-se tanto em uma loja de sapatos como na de CD's. O homem ideal está sempre disposto a me ouvir, mesmo que seja nos momentos desagendados à força no dia cheio, não usa estudos e cansaço como desculpa para as suas eventuais faltas. Não considera fraqueza dizer que me ama. Pede ajuda e chora. Vive regido por sua conciencia e,  impulsivo assassina etiquetas e comete atos passionais. Então faz besteiras, erra, engana-se. E nem por isso deixa de ser maravilhoso! - O homem ideal é imperfeito, numa imperfeição que combina exatamente com a minha..

- aula de português

domingo, 6 de junho de 2010

A tal da Saudades

Saudades de pessoas, de lugares, de momentos. Saudades de um dia frio com sol, de uma noite quente com estrelas. Saudades de uma música, de um show, de um programa na TV. Saudades de uma dança, de uma festa, de um passeio. Tentamos afastá-la, mas quando ela volta, volta com mais intensidade e a dor se torna maior. Quanto mais o tempo passa, maior ela se torna e as lembranças de um dia, de uma pessoa, de uma conversa, ficam cada vez mais distantes. Nossa memória falha quando se trata de coisas que aconteceram há muito tempo. Nosso coração fraqueja ao lembrar de coisas que nos fizeram, sonhar, gritar e sorri. A saudade nos entristece, nos desanima. Tentamos buscar um refúgio para fugir dela, mas uma hora ou outra ela nos encontra...

terça-feira, 1 de junho de 2010

Os opostos são necessários ao todo

Aula de filosofia, dez horas da manhã de uma terça feira fria e ensolarada. Depois do típico momento de vegetação passei os olhos pela matéria e uma das ideias de Heráclito saltou do caderno e começou a dançar para mim. "Os opostos são necessários ao todo!" Não é necessário viajar muito para saber que o Heráclito estava mesmo certo. Os opostos se atraem, alguém duvida? Que graça tem viver com alguém que é inconstantemente igual a você? "Na saúde e na doença, na riqueza ou na pobreza..." talvez não seja exatamente nessa ordem, mas são as melhores antíteses do mundo. Por falar em antíteses, ela e o paradoxo são figuras de linguagem responsáveis pelas oposições. Yin e yang; prótons e elétrons; positivo e negativo. Os opostos são maléficos - benéficos. Ora bem e mal, amor e ódio, bem e ruim, doce e amargo e uma infinidade de isso e aquilo dão movimento as coisas. Mas daí veio o Parmenídes - bobinho- que pensava assim: " O mal existe, então os Deuses não podem existir". Nada contra o tal aí, mas eu gosto das dualidades!