"Amei as palavras e as odiei. Espero ter usado-as direito." - Liesel Meminger
" A saudade não mata porque tem o poder de torturar!"
sexta-feira, 30 de outubro de 2009
Sobre aquela sorte
Ela é um trevo de quetro folhas achado entre duas pedras. Um louva-deus que traz sempre boas notícias. Nas cartas é o às de copas. É uma flor de lotus, uma figa pendurada em uma correntinha. Um olho grego para espantar o mau olhado. Uma pimenta malagueta no chaveiro. Uma borboleta lilás passeando frente aos seus olhos. O sol das manhãs de domingo e a lua cheia de madrugada. É uma fitinha do Senhor do Bom Fim da Bahia pendurada no pulso. É um escapulário, que é mais do que a sensação de proteção. É a chva fina que cai nos dias mais inesperados. A sensação de paz. A tranquilidade transmitida pelo tom de voz. Tem olhos que falam e sobrancelhas que questionam. É um porto seguro. É aquilo que se pede ao assoprar velinhas. É também a saudade mais bonita que irei sentir!
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
Paradoxo ambulante
Pouco tempo e muitas mudanças! Internas, externas, laterais, horizontais, verticais, pelos poros. Há novas pessoas, novas perspectivas, diferentes situações e cenários, num calendoscópio que não para de mudar. Às vezes me assusto, nas outras me recupero. Mas sei que muitas coisas só dependem de mim e preciso ser persistente para não esquecer isso. Preciso ser duas, três, sete mil, mas sem perder o foco. Dá medo, Dá ânimo, dá felicidade. Não esquece de continuar andando, andando, andando.
Há dias em que acordo mais cedo do que deveria e fico me perguntando onde encontrar certas coisas. Na verdade sei as respostas, mas não sei ainda o que falta. Na mesma medida há uma empolgação de quem tem menos de 15, com uma mente sincera de quese 20. Há uma cabeça aberta, uam alma meio afilta, tranquila, alguns segredos e todo o amor disponível nessa vida. Tento racionalizar, analisar, calcular em espaços e palavras tudo o que precisa ser dito. Ou vivido ou sonhado ou pedido. Não sou perfeição. Apenas uma lacuna que se preeche dia a dia de algo inesperado. Estou diante de um mistério sem as armas. Disseram: vai. E eu fui. Estou aqui, seguindo a filosofia do salmão e nadando sempre para frente. Hei de chegar em algum lugar. Cruzo os dedos e me jogo. Seu rei mandou dizer que é preciso nascer de novo e de novo e mais uma vez. Ser um paradoxo ambulante sempre será o que sei fazer de melhor.
Há dias em que acordo mais cedo do que deveria e fico me perguntando onde encontrar certas coisas. Na verdade sei as respostas, mas não sei ainda o que falta. Na mesma medida há uma empolgação de quem tem menos de 15, com uma mente sincera de quese 20. Há uma cabeça aberta, uam alma meio afilta, tranquila, alguns segredos e todo o amor disponível nessa vida. Tento racionalizar, analisar, calcular em espaços e palavras tudo o que precisa ser dito. Ou vivido ou sonhado ou pedido. Não sou perfeição. Apenas uma lacuna que se preeche dia a dia de algo inesperado. Estou diante de um mistério sem as armas. Disseram: vai. E eu fui. Estou aqui, seguindo a filosofia do salmão e nadando sempre para frente. Hei de chegar em algum lugar. Cruzo os dedos e me jogo. Seu rei mandou dizer que é preciso nascer de novo e de novo e mais uma vez. Ser um paradoxo ambulante sempre será o que sei fazer de melhor.
segunda-feira, 12 de outubro de 2009
Você cresce, você aprende, você erra, você ganha!
O que eu mais sinto falta de quando eu era criança é fazer um beicinho com os olhos marejados, para logo em seguida explodir em lágrimas, chorar com gosto, com a boca aberta, soluçando profundamente até ficar sem ar. Que direito maravilhoso esse que nos é tirado quando somos adultos? o de chorar, em alto e bom som toda vez que algo não nos agrada. Você sabe que é adulto quando descobre que a palavra adulto não tem o menor sentido.
A vida fica dura e pesada, e as brincadeiras de faz de conta? não envolvem mais princesas, príncipes e castelos e até o pobre do bicho papão te abandona. Você perde os amigos imaginários, não vive mais cercada de pessoas querendo te mimar e fazer suas vontades. Ninguém te põe para dormir contando histórias. Você perde todas as regalias e passa a ser responsável pelo que cativou.
Todos os seus lápis de cor somem e dão espaço a grande e grossos livros. Palavras estranhas que a gente não tem a menor vontade de entender começam a surgir: averbações, alienações, metáforas, cloridrato de sertralina, mas a gente faz de conta que entende. É um grande faz de conta, todo mundo faz de conta que é livre e que faz o que quer da sua vida.
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
Tudo começa com um "era uma vez"
É só sorrir, dizer que nada aconteceu, levantar a cabeça e seguir em frente. Como sempre ouvi dizer: ”Quem vive de passado é museu”. As lembranças dolorosas podem vagar pela minha mente, mas é aí que surge a minha máscara, a qual eu coloco todo dia ao levantar, e tiro todo dia ao me deitar. Essa máscara tem o poder de mostrar para as pessoas apenas meu sorriso, como de uma garota sem problemas, que tem a cabeça no lugar. Mas quando estou só, deitada na cama, abraçada com o travesseiro, é que a lágrima aparece, e aí vejo que nem tudo é como no conto de fadas. Príncipes, coisas mágicas, não existem no meu cotidiano. No começo, tudo é lindo, maravilhoso, impossível acontecer melhor; mas aí o tempo passa, e a gente conhece bem com quem estamos lidando. E é aí, que aprendemos que nada, absolutamente nada pode se resolver com um simples ‘abracadabra’.
Seria ótimo termos uma fada madrinha para resolver tudo para nós, ou até mesmo o gênio da lâmpada, porém crescemos e deixamos de acreditar em Papai Noel, e Coelinho da Páscoa. É aí que acordamos para o mundo. Percebemos então, que no começo tudo começou com um era uma vez, e agora está quase num final não feliz. Porque nem tudo brilha como aquela estrela lá do céu, nem como os teus olhos, nem muito menos com a intensidade do sol. Tudo brilha, de acordo com o que queremos ver...quando não queremos...não colocamos mais um ‘era uma vez’ no começo..e sim um ‘a alguns anos atrás'.
Seria ótimo termos uma fada madrinha para resolver tudo para nós, ou até mesmo o gênio da lâmpada, porém crescemos e deixamos de acreditar em Papai Noel, e Coelinho da Páscoa. É aí que acordamos para o mundo. Percebemos então, que no começo tudo começou com um era uma vez, e agora está quase num final não feliz. Porque nem tudo brilha como aquela estrela lá do céu, nem como os teus olhos, nem muito menos com a intensidade do sol. Tudo brilha, de acordo com o que queremos ver...quando não queremos...não colocamos mais um ‘era uma vez’ no começo..e sim um ‘a alguns anos atrás'.
Assinar:
Postagens (Atom)